(Con)vencer numa entrevista de emprego

(Con)vencer numa entrevista de emprego

Foi selecionado para uma entrevista de emprego? Significa que tem competências para assumir a vaga disponível. Agora “só” precisa convencer o empregador de que é a pessoa certa a contratar.

Uma entrevista de emprego é uma conversa estruturada com o objetivo de conhecer melhor o candidato, obter informações complementares ao currículo e avaliar as competências técnicas e soft skills, ou seja, traços de personalidade e comportamentos.

Facilmente terá uma entrevista bem-sucedida se souber o que fazer e o que não fazer.

Valorize o impacto da primeira impressão

É importante começar por causar uma boa impressão. A avaliação de um candidato inicia antes da entrevista, por exemplo, no contacto de agendamento é já possível inferir sobre a sua disponibilidade e cortesia.

A primeira impressão, baseada na forma como o candidato se apresenta em termos de imagem e atitude, tem um forte impacto na avaliação global, pelo que é essencial considerar algumas regras básicas:

– Cumprir as orientações prévias, incluindo as de segurança e higiene se for entrevista presencial;

– Ser pontual, o que implica planear a chegada 10 minutos mais cedo;

– Boa higiene, aparência cuidada e indumentária adequada à empresa e cargo a que se candidata;

– Demonstrar humildade e educação, cumprimentando as pessoas com quem se cruza;

– Manter sempre um sorriso e uma boa postura corporal;

– Controlar a ansiedade e não interromper o interlocutor;

– Permanecer focado, sendo aconselhável guardar o telemóvel sem som para evitar distrações.

Pratique a sua autopromoção e capacidade de persuasão sem “brancas”

Preparar a conversação assegura melhores resultados e fortalece a autoconfiança do candidato. Por conseguinte, antecipar algumas questões clássicas e treinar as respostas é essencial para dar a melhor versão de si.

“Fale um pouco de si” funciona como um desbloqueador de conversa.  Resumidamente, explique o seu percurso académico e profissional, salientando apenas aspetos relevantes e sem mentir, o entrevistador está treinado para detetar incoerências.

“Quais são os seus principais pontos fortes e fracos?” espera honestidade. Considerando o perfil exigido para a função, refira as suas competências com humildade q.b. e aponte as suas fraquezas acompanhadas da forma como as supera, realçando a sua aprendizagem e amadurecimento.

“Porque devemos contratá-lo?”, isto é, num minuto venda-se! Mostre-se motivado e estabeleça associações entre as suas competências e as exigidas para a função.

“Trabalha melhor sozinho ou em equipa?” quer avaliar se é um jogador de equipa. Dê exemplos concretos, fale das equipas que integrou e saliente a sua capacidade de trabalhar com outros.

“Quais são os seus hobbies e interesses pessoais?”, entenda-se como é a sua vida não profissional?

Aproveite para explicar como se organiza para encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional.

“Porque quer mudar de emprego?” implica resistir à tentação de maldizer o atual. Responda positivamente, referindo o quanto aprendeu e porque considera esta mudança uma excelente oportunidade de desenvolvimento profissional.

“Qual é a sua expectativa salarial?”, das perguntas mais delicadas. Diga se tem um valor mínimo inegociável ou se está aberto a negociação.

“Tem alguma questão para nós?”, com certeza que terá inúmeras. Momento para esclarecer as suas dúvidas e confirmar quais serão os próximos passos.

Deixe para a fase de negociação as questões contratuais que considera importantes para a tomada de decisão, nomeadamente horários de trabalho, férias, política salarial, promoções, entre outros.

E lembre-se: ser preterido em relação a outra candidatura não retira mérito nem significa incompetência do candidato. Todos as experiências são aprendizagem, até a rejeição fornece importante informação. Peça feedback sobre o resultado da sua entrevista e prepare-se ainda melhor para futuras candidaturas de emprego.

A sorte constrói-se!

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