Da crise económica e social decorrente da pandemia Covid-19 emergem desafios para todos: governos, comunidades, empresas e pessoas. Os tempos são difíceis, mas não de descrença. Espera-se um 2021 marcado por inevitáveis transformações e, claro está, onde há mudança também há oportunidade para melhorar.
A ordem de trabalhos inicia com o objetivo fulcral de alcançar a saúde coletiva através dos programas de vacinação Covid-19 para, posteriormente, se impulsionar a recuperação económica e criar uma sociedade mais equitativa e segura.
O esforço é global. A União Europeia, agora com Portugal na Presidência até 30 de junho de 2021, contribuirá para estas metas sob o lema “tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”. O retorno dos EUA ao Acordo de Paris reforça o compromisso internacional em combater as alterações climáticas e repensar a forma como vivemos, numa cultura de bem comum, promovendo um crescimento económico sustentável, gerador de benefícios sanitários e ambientais.
No contexto empresarial, face a um mundo em constante mudança, os modelos de gestão de negócio e de pessoas devem ser adaptados.
Durante a pandemia, as empresas obrigadas a trabalhar remotamente revelaram uma grande capacidade de adaptação e surpreendentes níveis de elevada eficiência.
Depois de alcançarmos a tão aguardada imunidade de grupo, vamos assistir ao retorno progressivo dos trabalhadores aos locais de trabalho. Todavia, muitas empresas já decidiram manter o teletrabalho ou adotar um modelo híbrido, combinando trabalho presencial e remoto.
É fundamental que as empresas continuem a apoiar os seus colaboradores na metodologia de trabalho que melhor convier às suas equipas, garantindo uma reposta adequada às suas necessidades individuais.
A recente experiência demonstrou que as pessoas são decisivas para o sucesso das empresas e quando devidamente capacitadas e munidas dos meios necessários desenvolvem todo o seu potencial.
As compras on-line aumentaram com as restrições sanitárias e esta tendência permanecerá. As empresas que resistiam à transformação digital já reconheceram a importância de beneficiar das potencialidades do e-comércio e estão a reavaliar o perfil dos seus colaboradores, nomeadamente nas competências de marketing digital e de logística.
Portanto, é expectável que algumas empresas decidam ajustar o número de trabalhadores nos locais de trabalho e melhorar a sua presença no mercado virtual, de forma a adaptar o seu negócio ao “novo mundo”.
Muitas pessoas à procura de emprego viram a sua situação piorar com a pandemia, mas são os trabalhadores com baixas qualificações que têm maior dificuldade em encontrar emprego. Existem ainda outros fatores que podem agravar a sua situação, como ser portador de alguma deficiência, ter crianças a cargo ou ser cuidador informal, carecer de distintas habilitações ou competências, não se adequar por questões de linguagem, culturais ou sociais.
Com a recuperação económica pós-pandemia vamos assistir a um aumento exponencial das contratações. As empresas vão precisar de todo o talento disponível, possibilitando a integração das pessoas que têm sido discriminadas no acesso ao mercado de trabalho. A diversidade nas equipas de trabalho reflete o pluralismo da nossa sociedade, promovendo um conhecimento abrangente do mercado e das expectativas dos clientes.
O impacto da atual crise económica poderá ser mais sentido pelos jovens à procura do primeiro emprego. Considerando o denominado “efeito cicatriz”, as condições iniciais negativas do mercado de trabalho em plena crise têm consequências na oferta de trabalho e nos salários, que tendem a dissipar-se decorridos 10 a 15 anos.
Neste contexto, o primeiro emprego pode não ser o ambicionado, pelo que, os jovens deverão ampliar o seu leque de opções, na escolha da função a que se candidatam ou na área de residência. A evolução da carreira profissional será, provavelmente, mais lenta que o esperado. Na prossecução dos objetivos profissionais, os jovens trabalhadores devem apostar numa contínua acumulação de conhecimentos através de novas oportunidades de emprego.
Nos períodos de crise e de incerteza sobre o comportamento pouco previsível do mercado, as empresas optam por uma adaptação flexível, de forma a minimizar o risco, recorrendo à contratação a prazo. Os sectores da restauração e hotelaria e do retalho são dos mais afetados pela atual crise, prevendo-se um elevado número de despedimentos e de posterior recurso à contratação temporária.
O trabalho temporário, além de responder de forma rápida e eficiente às necessidades do empregador, cria excelentes oportunidade para ingressar no mercado de trabalho, acrescentar experiência profissional, adquirir novas competências e ampliar a rede de contactos. Muitas vezes, funciona como um género de período experimental alargado, sendo a antecâmara da contratação permanente.
As adversidades são comuns a todos, mas só o próprio pode mudar a sua vida e carreira profissional. Quem tem uma atitude positiva e construtiva e está focado na solução, consegue ser mais resiliente, capaz de superar dificuldades e de conviver (bem) com elas.
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